Japão News (Painel do Paim) - N. 354 da série de 599 Blogs do Professor Paim

segunda-feira, 21 de março de 2011

Libertação de fumo no reactor 3 obriga à evacuação da central de Fukushima

21.03.2011 - 08:25 Por Helena Geraldes, Agências
A central de Fukushima foi evacuada depois de ter sido detectado fumo a sair do reactor 3, o mais danificado dos seis reactores daquela central. Hoje, as autoridades anunciaram que a energia eléctrica foi reposta no reactor 2. Há 21.911 mortos e desaparecidos no país.
Um camião-cisterna lança água para o edifício do reactor 3 Um camião-cisterna lança água para o edifício do reactor 3 (Foto: Forças de Autodefesa/Reuters)

O fumo foi detectado às 15h55 locais (06h55, hora portuguesa), segundo a agência de notícias japonesa Kyodo. A Tepco (Tokyo Electric Power Company) anunciou que retirou da central os seus funcionários para avaliar a situação.

De acordo com as primeiras informações, não foi registada qualquer alteração aos níveis de radioactividade, depois da libertação do fumo.

Energia reposta

O reactor 2 é o primeiro dos seis existentes em Fukushima a ver a sua energia restaurada.

O sismo do passado dia 11 cortou a energia em todos os reactores, danificando os principais mecanismos de segurança e fazendo elevar os componentes dos reactores para temperaturas perigosamente quentes.

A Tepco, operadora da central nuclear, irá primeiro ligar as luzes da sala de controlo antes de ligar os instrumentos que medem a pressão, a temperatura e a radiação dentro do reactor. Se tudo isto correr bem, o próximo passo será reactivar o sistema de arrefecimento do reactor.

A crise na central de Fukushima começou a 11 de Março quando o tsunami inundou os geradores que bombeavam a água necessária para arrefecer as barras de combustível dos reactores. Mesmo em situações normais, a temperatura no interior dos vasos de pressão chega aos 260ºC. Depois do sismo e tsunami, as temperaturas aumentaram até aos 1200ºC, levando à acumulação de hidrogénio dentro dos edifícios e às explosões dos reactores 1, 2, 3 e 4. Mas, mais do que o núcleo dos reactores, o mais preocupante será a situação das piscinas onde estão armazenadas as barras de combustível usado, que também deixaram de ser arrefecidas.

Autoridades contabilizaram 21.911 mortos e desaparecidos

O mais recente balanço da Polícia Nacional japonesa, citado pela Kyodo, dava conta, esta manhã de 21.911 mortos e desaparecidos no sismo e tsunami no Nordeste do Japão.

O número de mortos em doze províncias chegou aos 8649 e os desaparecidos atingiu os 13.262 em seis províncias. De momento, a polícia já identificou 4080 corpos.

Um total de 350 mil desalojados, incluindo as pessoas que fugiram da região em redor da central de Fukushima, vivem em 2100 abrigos espalhados por 15 províncias.

Na cidade de Ishinomaki, na província de Miyagi, o governador pediu ao primeiro-ministro Naoto Kan ajuda para a reconstrução. Kan deveria visitar hoje a cidade mas a viagem foi cancelada devido ao mau tempo.

Onze dias depois do sismo de magnitude 9,0 persistem as dificuldades em fazer chegar mantimentos às vítimas do sismo.

Notícia actualizada às 09h49

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